quarta-feira, 29 de julho de 2009

Que animais ainda são usados para fazer casacos de pele?

Desde focas e chinchilas até raposas e linces, milhões de animais são mortos todos os anos para a confecção de casacos de pele no mundo.


Só na França são abatidos 70 milhões de coelhos por ano para esse fim. Mas a indústria dos casacos de luxo é alvo de críticas. Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele.

Os produtores, por sua vez, contestam o que chamam de sensacionalismo das entidades. "No caso da chinchila, a morte ocorre pelo destroncamento de uma das vértebras cervicais. É um processo indolor, sem sangue ou sofrimento", diz Carlos Perez, presidente da Associação dos Criadores de Chinchila Lanífera (Achila). Para os defensores dos bichos, porém, a crueldade fica óbvia quando se leva em conta que, ao contrário do que rola com vacas e frangos - mortos para alimentar pessoas -, no caso da indústria da moda os animais são sacrificados apenas para alimentar a vaidade alheia.

MATADO PARA VESTIR
Confira o polêmico passo-a-passo da confecção de um casacão de madame:


1. Os animais usados para fazer casacos de pele podem ser criados em cativeiro (como chinchilas, coelhos e martas) ou ser caçados em seu habitat (como focas, ursos e lontras). O abate rola quando o bicho atinge a maturidade e ocorre sempre no inverno, quando o pelo é mais longo, brilhante e abundante




2. Há vários modos de abater o bicho. Eles podem ser mortos a pauladas, ser estrangulados - método indolor, segundo os produtores - ou, entre outras técnicas para resguardar a pele, ser eletrocutados com a introdução no ânus de ferramentas que fritam os órgãos internos

3. Depois que o animal é morto, é hora de extrair sua pele. Há várias formas de escalpelá-lo, algumas mais profissionais e outras rudimentares e violentas

PROFISSIONAL

a. Nas fazendas de criação de chinchilas, faz-se um pequeno corte no lábio inferior do animal e outro próximo ao órgão genital

b. Em seguida, é introduzida uma vareta de ferro de um ponto a outro. Ela funciona como um suporte-guia para o corte

c. Com um bisturi, se desprega a pele do animal, evitando danificá-la. Quanto mais intacto o couro, maior o seu valor de mercado



AMADOR

a. Nos modos mais cruéis, como rola em alguns locais da China, o animal é morto a pauladas e suas patas são decepadas b. O bicho então é dependurado pelo coto da pata, e seu couro é extraído a partir desse ponto com a ajuda de uma faca c. A pele é puxada com força, como se fosse tirada ao avesso. Em muitos casos, o animal ainda está vivo durante esse processo


4. Uma vez retirada, a pele é presa com alfinetes ou pregos numa tábua, onde ficará por alguns dias no processo de secagem. Nessa etapa, ela ganha forma definitiva e não vai mais encolher nem sofrer deformações

5. O passo seguinte é o curtimento da pele. Num curtume, ela passa por banhos químicos para retirada de sujeiras, cheiro e gordura, evitando que apodreça mais tarde. Ela também pode ser tingida

6. Após o curtimento, as peles vão para as confecções, onde são costuradas umas nas outras até tomarem a forma de um casaco. No acabamento, é aplicado um forro, em geral de cetim, na parte interna

Roupa Tamanho M-ORTE

Fonte - Projeto Esperança Animal (SP)

Por Um Mundo Melhor recebe selo internacional "COMPREMETIDOS 2009"


Em homenagem às pessoas COMUNS do Brasil e da América Latina sofrida e corrompida pelo bolivarianismo, gostaria de compartilhar o selo "COMPROMETIDOS" recebido através do "E esse tal de Meio Ambiente?", do Diêgo Lobo. É um selo que muito nos honra. Este é um selo concedido àqueles que lutam pela democracia no mundo. Os indicados, por sua vez, indicam outros blogs (recomendo aos amigos darem uma lida neles):
  • Eco-Repórter-Eco – http://www.ecoreportereco.blogspot.com/
  • Um blog pelo ambiente – http://boramudaromundo.blogspot.com/
  • Consciência Efervescente – http://conscienciaefervescente.blogspot.com/
  • Meio Ambiente Urgente – http://www.meioambienteurgente.blogger.com.br/
  • Por um mundo melhor – http://apequenapartedecadaum.blogspot.com/
  • Sustentabilidade em Acção – http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com/
  • A Hora do Planeta – http://ahoradoplaneta.blogspot.com/
  • Biosfera – http://biosferams.blogspot.com/
  • Desenvolvimento Sustentável – http://sustentavel-desenvolvimento.blogspot.com/
  • Planeta Agora – http://planetaagora.blogspot.com/
Fonte: E esse tal Meio Ambiente?

Queria agradecer ao Diêgo Lobo por indicar esse blog para o Prêmio Comprometidos 2009, que premia os blogs que têm comprometimento com a democracia e direitos sociais, no nosso caso, ambientais.
Muito obrigado mesmo!

domingo, 26 de julho de 2009

O consumo da carne, sua interferência no meio ambiente, na miséria e os direitos dos animais


Meio ambiente: é o principal responsável pelo desmatamento da Mata Atlântica, da Caatinga, Cerrado e agora da Amazônia; Contaminação dos lençóis freáticos e nos aquíferos mediterrâneos pelos medicamentos e hormônios usados na criação; Poluição da água já que chegam ao mar 100 milhões de toneladas de nutrientes produzidos nos açudes provocando uma disseminação que causa efeitos negativos sob a biodiversidade, portanto a poluição da água doce esta sendo agravada pela agropecuária, fora que a cada 1kg de carne gasta-se 15 mil litros de água. Sobre a emissão de gases, as queimadas em função da criação de pastos em que libera 2.000.000 toneladas por ano de CO2, mais o metano produzido pelo boi que tem uma durabilidade menor, mas é 20 vezes mais nocivo.
Queimadas, poluição, falta de água, destruição da camada de ozônio, desastres ambientais...Acontece que os custos ambientais não são internalizados no custo da carne tornando-se então barato a produção e exportação em relação a outros países, e é indiscutível os abalos que a produção causa no ecossistema e que os desastres não são renovados.
Comemos a carne sem pensar que além de ser um animal morto é proveniente da destruição da Mata atlântica(principalmente para os do Sudeste). Quando olhamos queimadas, ficamos chocados, perplexos e olhamos o efeito sem olhar a causa, a febre sem olhar a doença. No caso, a doença é a pecuária e a febre suas consequências ambientais.

Miséria: A população mundial que se alimenta de carne é aproximadamente 20%, são as pessoas que se a caso não tivessem a carne não passariam fome, pois tem dinheiro para recorrer a outras alternativas. Já a população que realmente passa fome poderia ser solucionado esse problema liberando o cereal que é destinado à pecuária, ou seja, os grãos destinados à criação pecuária( nacional e internacional) ao invés de serem usadas essas áreas que são muito extensas para a produção que por sua vez alimenta o animal que é alimento de uma minoria, poderia ser substituído para produção de alimentos acessíveis a uma maioria diminuindo o índice da fome. Além do que se tivesse hoje a mesma área da Amazônia que é destinada a pecuária para a agricultura, o Brasil estaria gerando 20 vezes mais empregos, uma remuneração maior e um impacto ambiental consideravelmente menor.

Aos animais: Crescemos com a mentalidade de que os animais são bons, vivem graciosos nas fazendas, em completa harmonia e eis que em um belo dia vai para a panela e fica tudo bem, tudo normal. A indústria usa imagens de animais felizes como aquele franguinho de uma determinada marca, a vaquinha feliz na caixinha de leite, para trazer uma imagem boa, para que passamos a consumir determinado produto. Parece um tanto quanto ilógico, não? O franguinho estaria realmente feliz em morrer?Associa-se a boa imagem para não termos a sensação de culpa e a indústria não lucraria se mostrasse qual é o real trajeto da carne para a casa dos consumidores.
Tratando-se agora os animais como seres inferiores sim, devido ao nosso grau de evolução mas não submetidos ao homem, seres que como nós tem sentidos aflorados e que sofrem e sentem sua morte e as angustias anteriores a ela. Amamos uns e matamos outros, algumas pessoas dizem que se alimentam de carne por nutrição, porque precisa-se da proteína animal para viver( apesar de médicos e mais médicos provarem que não é necessária), mas será que a alimentação é mesmo só por manter o corpo saudável ou para satisfazer os desejos e por luxo? O ser humano não satisfeito em comer a carne de gado, do porco, da ave e de peixe, come a de avestruz, do coelhos, jacaré e diversos outros, além de que a quantidade de carne que muitas pessoas consomem é muito mais do que precisa para manter-se nutrido e muitas vezes a carne prejudica a saúde.

Mostro-lhes agora este vídeo, pois acredito que melhor seja vendo do que lendo um pouco do que os animais passam.




Finalizando, o objetivo dessa postagem não é de nenhuma maneira tentar converte-los para o vegetarianismo ou para impor uma opinião, e sim tentar esclarecer, informar, fazer com que abram os olhos para que assim por conta própria decidam o que realmente querem para suas vidas. Tenho a consciência de que aqui falei muito resumidamente e não o suficiente sobre o assunto que vim a tratar. Diria que foi uma introdução sobre um assunto tão polémico e que interliga vários fatores, por isso não parem de estudar, se informarem pois nunca é demais. Vistam-se, abram os olhos !


Referência: documentario A carne é fraca.

sábado, 18 de julho de 2009

Quem disse que problemas ambientais é coisa só para gente grande?


Sonhador! Sim, é isso! As pessoas que tentam mudar o mundo atualmente são chamadas por muitas pessoas de sonhadoras. Outras vezes de irrealistas, idealistas...
Sonhador? Irrealista? Será?
Quem disse que ter esperança em um mundo melhor é ser irrealista? Quem disse que achar que pode mudar o mundo é ser sonhador? Quem disse que tudo isso é apenas um sonho? Quem disse que não é real? Quem disse que não pode se tornar real? Quem? Quem? Quem?

Achei que as mudanças iriam começar com a iniciativa dos adultos. Era a conclusão mais lógica que podia chegar. Eles são os que mais tem experiência de vida, são os que tem grandes cargos, grandes cursos, grande conhecimento...
Achei que chegaria um dia em que eles escolheriam a mudança. Achariam mudanças e lutariam para modificar as coisas que não estão legais atualmente. Esse era o meu sonho! Achei que todos os adultos acordariam para mudar o nosso mundo! Mas apenas alguns poucos começaram essa tarefa.
Mas....Sonhos nunca são destruídos, apenas que você permita.
Os adultos estavam muito preocupados em seus trabalhos. Estavam muito preocupados em sustentar a casa, mesmo que para isso seja necessário ver sua família apenas 2 horas por dia. Estão muito preocupados com as suas ações na bolsa, com os juros da poupança, com o tempo que nunca é o bastante. Eles tem os seus problemas, não devia então incomodá-los com o meu sonho. Seria egoísta ao fazer isso.
Mas meu sonho não foi destruido. Modifiquei-o, mas eles continuou com o mesmo objetivo. Mudei apenas os personagens. Invés de adultos, entraram crianças e jovens. Sim, a parte mais jovem da sociedade.
Percebi que um sonho só pode se tornar realidade quando o sonhador está perto dos que também tem a coragem de sonhar.
Encontrei junto dos novos personagens, novos sonhadores. Mas sonhadores lutadores! Nós queremos a mudança e nós lutaremos por ela.

Agora muitos devem estar me chamando de louco. Antes era sonhador. Hoje fui promovido a louco. Sim ,legal!
Só porque são os jovens e as crianças que agora lutam pelo nosso planeta Terra, não siginifica que o nosso sonho não se tornará realidade.
Segue-se agora um texto escrito por uma criança de 9 anos, e que me deu energias para escrever essa introdução. Peço desculpa aos adultos que são sonhadores pois vocês também fazem parte da mudança que logo ocorrerá. Os adultos referidos acima (e que ainda tenho esperança que também se tornarão sonhadores) concerteza NÃO são vocês.
Sonhadores ou loucos, estaremos sempre unidos e lutando. A esperança nunca morre. Não a nossa!

O texto é um dialógo entre um beija-flor e o escritor, sobre o mundo atual. Foi um texto escrito por uma criança, então caso pareça meio infantil é porque ele é.... meio infantil :D




A Terra azul


- A Terra que beleza, mas por que está assim? A água, olha só! O que é isso, escritor?
- Banana, lixo, cascas de frutas, cadeiras, mesas quebradas. Nossa o que é isso, um cachorro?
-Mas o que é isso?
-A poluição, meu amigo beija-flor.
-O que é isso, escritor?
-As pessoas que não ajudam o meio ambiente ser limpo e jogam sujeiras, lixos e outras coisas.
-Nossa que fumaça, escritor.
-É a queimada, beija-flor.
-O que é isso?
- A queimada é o fogo queimando as árvores e além disso, poluindo muito.
-Mas como? Eu e meus amigos não vamos mais poder voar?
- Claro que vão, porque um dia eles vão entender o que Deus quer e São Francisco vai te proteger.
- Agora sim estou mais calmo.
-Não se preocupe, beija-flor.
-Nossa, que luz forte!
-É o sol. A coisa que os homens não podem fazer nada para destruí-lo.
-Então não podemos viver sem a água, as plantas, o ar e o sol.
-Sim ,senhor. Mas não é todo lugar que é assim destruído. Existem lugares maravilhosos, onde as pessoas tem consciência das coisas de Deus e não destroem.
Faça sua parte assim teremos um mundo melhor!

Palavras de uma criança!

sábado, 11 de julho de 2009

Bernardo Toro vislumbra um novo mundo em construção


O filósofo e educador colombiano defende que o cuidado, as relações ganha-ganha e o respeito devem transformar as relações humanas e nos levar a uma era mais feminina. A resposta não está na educação, mas, sem ela, nenhuma mudança será possível.


O colombiano Bernardo Toro é filósofo, educador e assessor da Presidência da Fundação AVINA. Ao contrário do que se poderia supor por seu currículo, ele não acredita que a Educação por si só seja a saída para os problemas do mundo, como tantos políticos, especialistas e o próprio senso-comum costumam afirmar.

Toro diz que nossa contradição está no fato de que, ao mesmo tempo em que começamos a nos reconhecer como uma mesma espécie, também criamos todas as condições para o nosso próprio desaparecimento e estamos conscientes – pela primeira vez em nossa história – de que podemos mesmo ser banidos da superfície do planeta.

Para o educador, só poderemos superar este paradoxo com o desenvolvimento de três valores:
- aprender a cuidar,
- a estabelecer relações ‘ganha-ganha’ e
- a respeitar.

“Ou aprendemos a cuidar, ou pereceremos”, diz Toro. Ele afirma que o cuidado é o paradigma central dos novos valores e perpassa não apenas questões emotivas ou relacionadas à espiritualidade, mas também a segurança pública, saúde, comunicação e educação.

O mundo atual também não comporta mais as relações em que apenas um lado ganha. A opinião de Toro é que é possível aumentar a riqueza e a igualdade em termos políticos, econômicos, sociais e culturais. Para isso, deveríamos produzir apenas “bens úteis, que contribuam para a dignidade humana, com alta qualidade e durabilidade, para não desperdiçar energia nem gerar tanto lixo”.

Por respeito, Toro entende “o reconhecimento do outro como um legítimo outro. Não é suficiente tolerar”. Ele diz ainda que, qualquer pretensão de verdade é o que conduz o ser humano à violência e que a hospitalidade é fundamental em um mundo onde 360 milhões de pessoas vivem fora do país onde nasceram. Para Bernardo Toro, está na hora de aprendermos a aproveitar as oportunidades de encontro e aprender a escutar.

Foi exatamente isso o que fizemos: o Planeta Sustentável esteve com ele durante o Fórum Internacional de Comunicação e aproveitou o encontro para ouvir o educador.

Você afirma que o ser humano, lentamente, vem se dando conta de que é uma espécie. Qual a importância disso para as nossas relações e o futuro da humanidade?
Todo problema da espécie humana é um problema de autopercepção como espécie. Historicamente, vivíamos em clãs e um grupo distinto era sempre visto como algo ameaçador. Nos últimos anos, com o aparecimento de aviões que transportam várias pessoas, a diminuição do custo das passagens aéreas, o surgimento do rádio, da televisão, das revistas e da internet, começamos a perceber nossas semelhanças com outros povos.

À medida que assistimos mais e mais programas de TV que mostram, por exemplo, como vivem os Maasai, da África, começamos a comparar a forma de viver deles com a nossa, e percebemos que eles pensam o mesmo, sentem o mesmo e esperam o mesmo da vida.

Quando todos forem capazes de, mesmo sem conhecer o outro, reconhecer que eles são como nós, vamos nos converter em uma espécie. O maior indicador de que um grupo de vertebrados superiores é uma espécie é o fato de não serem capazes de agredir aos congêneres. Ninguém mata conscientemente outro de sua espécie, porque isso é ferir a própria carne. Se ainda nos agredimos e nos matamos, ainda há um caminho muito grande a ser percorrido.

Esse entendimento muda completamente a maneira como nos organizamos...
Muda completamente nossa forma de estar no mundo. Veja a América Latina, temos a mesma colonização, a mesma mestiçagem e é muito difícil ver a diferença de um país a outro. No entanto, não somos capazes de nos constituir como um continente. Fomos formados para não reconhecer o outro e para não querer ser como somos. Temos que apreciar mais a França do que a Bolívia, ou mais os Estados Unidos, a Europa, que o Equador ou o Peru.

O primeiro passo é nos reconhecermos como espécie e, para isso, é preciso respeito e admiração. Assim, todas as cooperações são confiáveis, há fidelidade nas promessas, transparência nas conversas, declarações sinceras e escuta sem preconceitos. Quando uma sociedade é capaz de se escutar, as fronteiras ficam em segundo plano e todos os problemas podem ser solucionados, pois os interesses particulares é que os criam.

Um dos valores que você enumera como fundamentais para a transformação da humanidade é o cuidar. Por que ele é tão importante?
Em 1968, quando Apolo 9 tira a primeira foto da Terra, vista de cima, o ser humano toma consciência de três coisas: que a Terra está sozinha no espaço, não há nada por perto, que não há limites entre um país e outro e que esta é a nossa casa.

Nos anos 1980, 1990, temos notícias de que a nossa casa está queimando. Antes, como não tínhamos a visão do planeta, ele nos parecia grande demais, mas nos demos conta da finitude desta ‘bolinha pequenina no espaço’: a água, o ar, as espécies e a própria Terra são finitos. E queremos que esse finito dure muito tempo ou se renove de alguma maneira, para isso, o cuidado é fundamental. Estamos chegando ao final de uma época em que acreditamos que ganhar, dominar, extrair, consumir e vencer é importante, mas quase ninguém valoriza o cuidado, a preservação e a recuperação.

Pelo que você diz, a tendência do mundo é se tornar mais feminino.
Os grandes valores machistas estão chegando ao fim. À medida que a sociedade se institucionaliza, a força vale menos. No futuro haverá um mundo de mais encontro, ternura, intimidade e cuidado. Chegou a hora de os valores femininos voltarem ao mundo. E quando houver mais reconhecimento desses valores, as mulheres vão formar as próximas gerações de homens com outra lógica, homens que estabeleçam mais vínculos, que sejam mais companheiros e tenham mais tempo para os filhos.

O cuidado sempre existiu, mas era uma virtude feminina. As profissões de cuidado eram para mulheres, por isso se tornou uma virtude doméstica e não pública. Hoje, esse cuidar vai mudar a forma como lidamos com a ciência, com as profissões e, cada vez mais, os projetos futuros serão projetos de cuidado.

A educação pode ser um meio para alcançarmos esse novo contexto?
A educação é necessária, mas não suficiente. É muito perigoso acreditar que a educação por si mesma pode gerar uma mudança e é muito importante saber que nenhuma mudança pode ser feita sem a educação.

Por exemplo, medicina para todos não é algo viável em nenhuma sociedade, mas saúde para todos é possível em qualquer uma. Saúde é um problema de educação e comportamento. Só um país que garante saúde a todos, pode oferecer medicina para quem necessita. Se ensinarmos as quatro milhões de crianças brasileiras que estão, hoje, no Ensino Fundamental, a lavarem as mãos, por exemplo, poderíamos prevenir 80% das doenças infecto-contagiosas no país.

Para os políticos, é muito fácil dizer que vamos mudar o país pela educação e não tomar as decisões necessárias. Sem uma proposta de transformação, a educação não serve para nada, não chega a nenhum lugar. Se não há um projeto ético, político, de educação, de comunicação e de arte, seguindo na mesma direção, é muito difícil mudar a realidade. O que provoca mudança é a forma como vemos o mundo e o sentido que damos às coisas.

De que maneira a escola pode contribuir com essa transformação?
Todos adquirimos os hábitos e os valores dos adultos que nos rodeiam, especialmente quando somos crianças. A escola deve ser um lugar não de “proteção do medo”, mas de “cuidado”, que começa pela linguagem. Pesquisas mostram que sentir-se seguro é um fator de rendimento escolar. A criança precisa sentir que ninguém vai tomar suas coisas, que ninguém vai gritar com ela, que ela não vai ser maltratada ou deixada de lado, que se fizer uma pergunta não será julgada ou criticada. Assim, ela vai entender a mensagem de cuidado e passa a lidar com os livros, o espaço, a comida e as relações de maneira cuidadosa. O cuidado deixa de ser um conceito e se transforma em uma forma de vida.

Esse é um modelo que também pode ser levado para fora dos muros da escola?
O modelo fora da escola é uma sociedade que tenha bons indicadores de desenvolvimento humano, com políticas públicas para que todos tenham educação formal, saúde e transporte de qualidade e boa representatividade. Os países europeus aprenderam muito sobre cuidado, mas nós (da América Latina) ainda temos questões a enfrentar como a violência doméstica, contra as mulheres e contra as crianças, a violência pública por prestígio e fama, a grande exclusão de classes e étnica... Tudo isso são violências.

Fonte: Planeta Sustentável

Empresas inglesas enviam 290 t de lixo ao Brasil

Santos - Duas exportadoras inglesas enviaram para o Porto de Santos dezesseis contêineres com 290 toneladas de lixo doméstico. Com documentação falsa, a mercadoria tentou entrar no País como se fosse plástico reciclável. A Receita Federal constatou Falsa Declaração de Conteúdo e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) aplicou multas à importadora e transportadora da carga - R$ 155 mil para cada. A fraude foi descoberta pela alfândega do Porto de Rio Grande, que apreendeu, no final de junho, 40 contêineres com lixo enviados pela mesma empresa.
Segundo a chefe do escritório regional do Ibama em Santos, Ingrid Maria Furlan Oberg, é a primeira vez que a Receita apreende lixo doméstico no Porto de Santos. "O cheiro era muito forte e até fiquei com dor de cabeça. Estava tudo misturado, jornal molhado, pano, embalagem com resto de alimento, de leite, peças de computador", disse Ingrid, que notificou a empresa para devolverem a carga à Inglaterra em dez dias, com mais dez prorrogáveis. Caso contrário, a empresa pagará multa diária pela permanência da mercadoria no País.
"O Brasil é signatário da Convenção de Basiléia, que foi feita para evitar que os países mandem lixo um para o outro. Isso é um crime ambiental", explica Ingrid. Segundo ela, o valor da multa foi calculado tendo como base dez vezes mais o custo que a empresa teria para dar um fim ao lixo na Europa. "Em 2004, apreendemos um lote de resíduos industriais, que é até mais grave. Lembro que foram mais de 12 contêineres com importações de diversos países europeus e também dos Estados Unidos. Foi a última vez que tivemos algo similar."
De acordo com a Receita Federal, com a identificação do crime, as alfândegas de todo o País estão com a atenção voltada para esse tipo de importação, mas, por enquanto, apenas foram identificados contêineres com lixo nos portos de Santos e Rio Grande.

08 de Julho 2009

Por Rejane Lima/Agência Estado.
Fonte: Site National Geographic


domingo, 5 de julho de 2009

A parte que nos cabe


Certa vez ouvimos uma fábula que nos fez refletir acerca dos ensinamentos que continha.
Tratava-se de um incêndio devastador que se abatera sobre a floresta.
Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam na tentativa de salvar a própria pele.
Dentre os muitos animais, havia uma pequena andorinha que resolveu fazer algo para conter o fogo.
Sobrevoou o local e descobriu, não muito longe, um grande lago. Sem demora, começou a empreitada para salvar a floresta.
Agindo rápido, voou até o lago, mergulhou as penas na água e sobrevoou a floresta em chamas, sacudindo-se para que as gotas caíssem, repetindo o gesto inúmeras vezes.
Embora não tivesse tempo para conversa fiada, percebeu que uma hiena a olhava e debochava da sua atitude.
Deteve-se um instante para descansar as asas, quando a hiena se aproximou e falou com cinismo:
Você é muito tola mesmo, pequena ave! Acha que vai deter o fogo com essas minúsculas gotas de água que lança sobre as chamas? Isso não produzirá efeito algum, a não ser o seu esgotamento.
A andorinha, que realmente desejava fazer algo positivo, respondeu: Eu sei que não conseguirei apagar o fogo sozinha, mas estou fazendo tudo o que está ao meu alcance.
E, se cada um de nós, moradores da floresta, fizesse uma pequena parte, em breve conseguiríamos apagar as labaredas que a consomem.
A hiena, no entanto, fingiu que não entendeu, afastou-se do fogo que já estava bem próximo, e continuou rindo da andorinha.
Assim acontece com muitos de nós, quando se trata de modificar algo que nos parece de enormes proporções.
Às vezes, imitando a hiena, costumamos criticar aqueles que, como a andorinha, estão fazendo sua parte, ainda que pequena.
É comum ouvirmos pessoas que reclamam da situação e continuam de braços cruzados.
De certa forma, é cômodo reclamar das coisas sem envolver-se com a solução.
No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.
Reclamamos da desorganização, da burocracia, da corrupção, da falta de educação, da injustiça, esquecendo-nos de que a situação exterior reflete a nossa situação interior.
Não há possibilidade de fazer uma sociedade organizada, honesta e justa se não houver homens organizados, honestos e justos.
Em resumo, para moralizar a sociedade, é preciso moralizar o indivíduo, que somos cada um de nós, componentes da sociedade.
Se fizermos a nossa parte, sem darmos ouvidos às hienas que tentarão desanimar a nossa disposição, em breve tempo teremos uma sociedade melhorada e mais feliz.

Fonte:
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Carne, mas sem matar animais

Para resolver, de uma só vez, os muitos problemas enumerados pelos ambientalistas – alvo de polêmicas intermináveis – sobre os impactos do consumo de carne no aquecimento global e, claro, poupar os bichos, o Peta – People for the Ethical Treatment of Animals está oferecendo um milhão de dólares para o primeiro cientista a desenvolver carne in vitro.
A ideia é fazer as células animais crescerem e se reproduzirem em um outro meio até formar um alimento que possa ser cozido, frito e assado normalmente. De acordo com a ONG, muito já tem sido feito por essa tecnologia, mas estamos muito distantes de termos carne de laboratório nas prateleiras. Por isso, o apoio financeiro.
Segundo o Peta, apesar de os seres humanos não precisarem consumir carne, muitas pessoas se recusam a abandonar o hábito, então, essa seria a melhor solução para conciliar sua dieta favorita ao fim do sofrimentos dos 40 bilhões de aves, porcos, vacas e peixes sacrificados, anualmente, com um destino certo: o prato dos norteamericanos.
O prazo para desenvolver carne de frango e comercializá-la é 30 de junho de 2012. O produto final deve obedecer a dois critérios. O primeiro é que a textura e o gosto seja indistinto da galinha de verdade. Além disso, a carne deve ser vendida a um preço competitivo, em pelo menos dez estados.
A proposta é séria e a intenção é boa, mas, vem cá, com tanta coisa para comer...

Fonte: Blog Planeta Sustentável