domingo, 13 de setembro de 2009
Do LCD à UTI
Esse é um daqueles casos que não sei dizer quem nasceu primeiro. Calma, nao é mais uma vez aquela história do ovo e da galinha, etc... Mas, depois que descobri o que os pesquisadores do York Green Chemistry Centre of Excellence estão estudando, essa pergunta me veio direto a mente. O que veio primeiro, uma necessidade de reciclagem ou de medicina?
Pra você entender o que está acontecendo, é simples. Imagine que cerca de 2.5 bilhões de monitores de LCD estão chegando ao fim de sua vida útil e que todos os anos o consumo desse tipo de equipamento aumenta nos escritórios e nas residências devido o barateamento da tecnologia. Ou seja, daqui a pouco teremos um mar de equipamentos LCD para destinar.
Por outro lado, a indústria farmaceutica usa um material chamado Acetato de Polivinila (PVAc), um polímero sintético que é encontrado na fabricação dos equipamentos de LCD. Os pesquisadores descobriram que é possível recuperar o material através de processos de lavagem em água aquecida e etanol, produzindo o PVA Expandido que, por sua vez, pode ser colocado em comprimidos ou curativos, ajudando tecidos e partes do corpo a se regenerar.
A solução adotada comumente para esse tipo de material é enviá-lo a aterros industriais ou incineradores. Entretanto, apesar do PVAc não ser um composto que traz grande risco ambiental, não faz o menor sentido desperdiçá-lo pois é derivado de recursos não renováveis.
O estudo entrou na fase de testes esse ano e logo será possível utilizar na prática esse processo. Já imaginou quantas vidas essa telinha na sua frente pode ajudar?
Por Alexandre Almeida
Fonte: Blog Lixograma - Planeta Sustentável
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Muito interessante.
ResponderExcluirSó resta saber sobre o custo comparativo.
ps: saiu hoje na folha sobre asfalto que gera energia (solar). Os EUAs estão iniciando os textes com isso.
O problema são os custos...